O presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Martins, participou na tarde desta quarta-feira, 13, de uma reunião com o prefeito Antonio Vilson Bernardi, com o presidente da Associação de Produtores de Leite de Iraí, Edson Folle e com José Bergossa. O encontro, realizado no gabinete do chefe do Executivo, teve como assunto principal a crise leiteira que está atingindo o Brasil e consequentemente o Estado e o produtores de leite do município.
Proposta pelo produtor Edson Folle, a reunião teve como objetivo debater e unir forças para cobrar uma solução do governo do Estado e Federal, pois o setor está passando por uma crise que está afetando milhares de pecuaristas, principalmente no município de Iraí.
De acordo com Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS), o preço pago pelo leite adquirido junto aos produtores rurais gaúchos caiu até R$ 1 por litro entre janeiro e julho deste ano. O principal fator para a queda no valor é o aumento na importação do leite do Uruguai e da Argentina, que somaram R$ 2,5 bilhões no período, alta de 224% em relação aos sete primeiros meses de 2022. Isso ocorre devido há uma tendência da chegada do leite vindo da Nova Zelândia, na forma de dumping, (comercialização de produtos a preços abaixo do custo de produção) com um preço mais competitivo e atrativo até o os dois países, e com isso revendem para o Brasil, sem nenhuma tributação, devido aos acordos do Mercosul.
Os Poderes Executivo e Legislativo irão elaborar um documento que será enviado aos deputados federais e aos senadores, propondo uma série de medidas em prol dos produtores de leite, entre as elas regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes no Brasil, redução da tributação, EGF (empréstimos do Governo Federal) para o leite, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping, entre outras propostas.
Segundo o presidente da Câmara, Paulo Martins, a crise no setor produtivo nacional do leite é responsabilidade do governo federal, pois ela se originou por falta de políticas públicas e efetivas. “O nosso produtor de leite está sendo atropelado pelo aumento das importações de leite de países do Mercosul, o que precisamos com urgência é garantir o preço justo aos agricultores para que a cadeia produtiva não vá à falência”, destacou Martins.
No Rio Grande do Sul há 10 anos haviam 100 mil produtores de leite e atualmente este número foi reduzido para 30 mil, pois não há incentivos e há dificuldades em se ter uma produção viável. A Argentina por exemplo subsidia 40% da produção local, barateando os custos. No Brasil os insumos como o diesel estão em tendência de alta, e impactam diretamente sobre a produção, sem falar na importação de leite em pó, que também disparou no país.
Autor: Fernando Sucolotti
Fonte: Ascom/Câmara
Data: 13/09/2023
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